Foto autoral, @claradavn |
A dinâmica dos grupos é uma coisa que me encanta, mais nas últimas semanas do que nunca. Recentemente eu passei por uma experiencia de mudar de classe, e mudei de uma sala que eu já estava enturmada e já tinha feito amizade e trabalhos com várias pessoas, para uma sala da qual eu não conhecia previamente ninguém e que eles já se conheciam entre si. Foi difícil no começo, não tenho como esconder, pelo fato de que relutei em acreditar que não poderia voltar para a sala da qual eu nem queria ter saído.
A partir do momento em que eu deixei o motivo pelo qual tive que mudar de lado, escolhi não sofrer mais por uma coisa que não posso controlar. A mudança de turma era algo que até certo momento eu quis reivindicar, mas percebi que não tinha nada que pudesse ser feito para isso, e com isso, minha única saída e escolha foi aceitar a situação e não sofrer ainda mais por isso. Aprendi que o sofrimento é uma questão de escolha, sim, mesmo não parecendo.
Passadas algumas semanas (poucas semanas até, eu diria), me vi identificada com algumas pessoas que nem me lembro direito como comecei a conversar. Nessa época eu não estava receptiva às novas pessoas, mas por curiosidade delas mesmas contei um pouco do porque eu mudei de sala e abri os sentimentos de incompreensão da situação e saudade da turma antiga. Literalmente, eu dividi um peso que estava comigo, só comigo, e percebi pelas pessoas que não precisava encarar a situação assim. Um fato interessante é que tanto na outra turma como nessa eu tenho a
Depois de mais algumas semanas, já me vi inserida na nova classe, todos já sabiam meu nome (eu acho), e as dúvidas de como estava a aula na outra sala já não eram tão frequentes na minha mente. Apesar de não estar mais com eles, eu tenho saudades e sei que se as coisas foram como foram tem um motivo maior, que eu posso não saber exatamente agora, mas tem. Talvez seja um motivo para mim, para a sala que deixei ou quem sabe para a atual... ou para todas essas pessoas, de alguma forma.
Tá, mas onde entre a tal dinâmica de grupo? É nesse momento que estou agora que percebi o meu lugar no outro grupo e o meu lugar nessa sala atual. Eu sou a mesma pessoa, que teve experiencias intensas e significantes, mas minha essência é a mesma. Isso me fez concluir que os grupos, se funcionam ou não, dependem inteiramente de cada pessoa e da combinação de determinadas pessoas, de modo não aleatório e complexo. Na outra sala as aulas, as dúvidas e o dia a dia era desencadeado pelas pessoas de lá, com vivencias individuais que compartilhavam isso e questionavam as aulas de forma pessoal. Nessa turma, a mesma coisa, porém com a diferença de que as pessoas são outras e as dúvidas que são levantadas, por exemplo, são outras. Teve momentos que percebi que na outra sala certas situações jamais teriam acontecido, sem desmerecer nenhuma das turmas. Por isso, os grupos são ainda mais peculiares e únicos do que cada pessoa, por serem a combinação de várias pessoas com tudo o que cada uma delas engloba como ser humano.
Será mesmo que ainda não percebi o por que disso tudo ter acontecido comigo?
Acho que ainda vou descobrir muito mais.
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